sábado, abril 05, 2025

«Não eras tu que querias chuva?»


«Não eras tu que querias chuva?»

Não respondi, mas se calhar era, como quase todos os portugueses que passavam por rios ou barragens.

Talvez agora seja o tempo de recebermos tudo em excesso. Aquilo que chamamos equilíbrio, perdeu-se há muito tempo. Agora recebes tudo ou nada...

Penso que o ser humano não nasceu para se confrontar diariamente com todos estes desafios. Não li estudo nenhum, mas de certeza que isto não faz bem à saúde mental de ninguém.

Claro que isto não serve de explicação, muito menos de desculpa, para violadores ou para os assassinos que não deviam andar por ai nas estradas, que matam e fogem...

Pois... Também é tempo dos cobardes. Há demasiados lugares que permitem às pessoas serem outras coisas (e até lucrarem com isso, com a fila enorme de seguidores...), ao ponto de se sentirem "super-heróis", e acharem que "podem fazer tudo"...

Eu sei que isto não tem nada a ver com a chuva, com rios, com barragens. 

Só tem a ver com as pessoas, com vaidades, com loucuras...

(Fotografia de Luís Eme - Constança)


4 comentários:

  1. "No meio é que está a virtude" - agora é difícil encontrar a virtude no meio do caos.
    Tempos estranhos e violentos que estamos a viver.

    Abraço

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    1. Que se reflectem em tudo, Rosa... até mesmo nas pequenas coisas...

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  2. Já nem sabemos o que queremos ou não queremos. A indiferença tomou conta de tudo.
    Uma boa semana.
    Um abraço.

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    1. A indiferença e a velocidade com que as coisas mudam, Graça.

      Até mesmo a chuva e o sol.

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