sábado, novembro 16, 2013

Passeio Pela Trafaria


Eu tinha pensado jantar no Ginjal, mas ela preferiu a Trafaria.

Achei estranho mas não comsegui dizer que não.

Encontrámo-nos na Estação Fluvial de Belém e apanhámos o Cacilheiro, cada vez mais fugaz nas travessias do Tejo, sempre deliciosas, mesmo quando ele se começa a transformar num riozinho, lá para as bandas de Alhandra, onde ainda existem alguns esteiros do Soeiro.

Já na Trafaria, pisámos aquela areia escura e oleosa da antiga praia, fotografámos as barcas adormecidas ancoradas e também as "deitadas de barriga para baixo", no areal, num sono mais profundo.

Ela estranhou encontrar aquelas torres circulares (cilos) na linha que nos podia mostrar o rio a abraçar o mar e a Torre do Búgio, o farol que é um dos primeiros cartões de visita de Lisboa, para quem chega do Oceano. 

Ofereci-lhe um lugar comum dos verdadeiros: «somos melhores a destruir o que a natureza nos oferece, que a aproveitar as suas maravilhas...»

Ainda nos perdemos pelas ruas da Vila, para olharmos as antigas vivendas apalaçadas, com alguma beleza, apesar dos sinais de abandono e decadência, quase sem palavras.

Ficámos uns minutos sentados a olhar o rio, naquela que ainda é uma das melhores "varandas" viradas para a Capital.

E depois fomos jantar.

6 comentários:

  1. querido luís, com um beijinho, informo que hoje te envio correio. beijinho amigo*

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  2. Infelizmente é uma verdade, é mais o que estragamos da natureza do que aproveitamos.

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  3. esquecemo-nos que a natureza trata de se "vingar", Rita, mais tarde ou maias cedo.

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  4. fui lá um dia destes almoçar, e fiquei convencida.

    :)

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  5. é um sitio admirável, completamente desprezado, Piedade.

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