Este mau tempo que assola o país, especialmente o litoral, fez-me pensar em várias coisas...
Tudo porque os portugueses têm desafiado o Mar, em toda a sua dimensão, ao longo dos séculos. Mas nunca foram tão longe, como nos últimos trinta anos, onde resolveram instalar-se, comodamente, à beira-mar (quanto mais próximo da areia e das ondas melhor...). Em alguns pontos (especialmente no Algarve) da costa, até foram criadas praias particulares, já que os únicos acessos públicos existentes são pelo mar...
Claro que os rugidos e a revolta das águas, já devem ter feito pensar esta meia dúzia de "privilegiados", que construiram vivendas, hoteis e prédios, a poucos metros da praia, contra a legislação existente e o próprio bom senso.
O que acaba por ser engraçado (mesmo sem ter graça nenhuma), é ser a própria natureza a repor a ordem nas coisas...
O mais irónico, é que antes era o homem que se aproximava do mar (quanto mais perto das praias melhor...), agora é o mar que se aproxima das casas e do homem (quanto mais perto da "civilização" melhor...).
A fotografia que ilustra o texto retrata as torres de Ofir, um dos muitos exemplos, do que não se devia fazer, na costa portuguesa.
um verdadeiro atentado à beleza natural estes blocos de cimento :(
ResponderEliminarbeijinho, luís
Estas agressões à natureza, como referes, vão pagar-se muito caro.
ResponderEliminarHoje está arder a Serra de Sintra, junto da Lagoa Azul, enfim...
Beijo, Luís M.
A Natureza tem regras que gosta de ver cumpridas. Quem a agride vai acabar sempre por pagar um preço.
ResponderEliminarUm abraço Luís.
Sempre ouvi dizer que o mar vai buscar sempre o que lhe tiram, ou repor o que ele quer.
ResponderEliminarExemplo disso é também a nossa Lagoa, Luís, com as tentativas de "forçar" uma aberta para o mar.
Até pensei que estas torres já não existiam, pois em tempos ouvi dizer que iam eclodi-las....
Infelizmente, encontramos vários exemplos destes, de Norte a Sul,ao longo do nosso litoral, Alice.
ResponderEliminarJá se estão a pagar, Maria Maio...
ResponderEliminarÉ verdade, Graça...
ResponderEliminarNão sei se já foram abaixo, Maria,a fotografia já tem uns anos.
ResponderEliminarMas pelo andar das coisas no nosso país, calculo que ainda por lá continuam, apesar da ameaça das águas...
Algumas pessoas ingénuas é que pensam que o Mar se deixa dominar...
Por este caminho, a Costa da (de?)
ResponderEliminarCaparica não terá um longo futuro...
Sempre ouvi falar desse "regresso" do mar ao que era seu.
Mas assistir à sua fúria sempre me causa inquietação.
Sou mais águas calmas...
Abraço
O que é que tem acontecido nos últimos anos (nos dois anos com mais gravidade), na Costa, nas primeiras praias, depois da Cova do Vapor, Sininho?
ResponderEliminarEu gosto do mar, mar. Violento, com rugidos, cheio de ondas e espuma...
Tendo em conta o que escreves e a imagem que apresentas, concluo que o mal atingiu Portugal de Norte a Sul. É lamentável que o homem continue a não ouvir os rugidos da natureza. Espero que não tenhamos tomado a rota de colisão com a Terra. E a vida?
ResponderEliminarBeijinhossss
Este comentário foi removido pelo autor.
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ResponderEliminarInfelizmente, continuamos em rota de colisão, Sophiamar, pelo que não se espera coisa boa...
ResponderEliminarQuando recordo a Costa da Caparica na minha infância, quando ainda vivia em Lisboa e vinha cá passar um mês á praia, com o areal enorme, sem pedregulhos, com o Dragão Vermelho cheio de toldos onde eu ficava, a mata com mini-golfe e outras coisas, como o "lá vou eu" que percorria a praia toda várias vezes ao dia, recuso a ir ver o mar para a Costa tendo-me remetido para os lados da Fonte da Telha, pois até entristece ver o horror em que tornou.
ResponderEliminarBjs
TD
É verdade, Teresa, o progresso passou pela Costa da pior maneira possível, desperdiçando e "destruindo" uma das melhores praias da costa portuguesa.
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