Continuamos a ser o país onde a culpa morre solteira. Os potenciais culpados fingem-se sempre inocentes... e tentam esconder os erros debaixo da peneira, ao mesmo tempo que culpam as inevitabilidades da vida...
Como normalmente também são ricos e poderosos, acabam por ter a vida facilitada porque podem contratar os melhores advogados da “praça”, quase sempre especialistas em “driblar” o Estado.
É por essas e por outras que todos nós sabemos que a justiça portuguesa não é para todos...
Seis anos depois da Tragédia de Entre-os-Rios, continua no ar o sentimento de injustiça e de revolta no seio dos familiares das vítimas.
E se nos lembrarmos que o ministro Jorge Coelho pediu a demissão e disse nessa altura que a culpa não podia morrer solteira...
Podemos falar das vitimas, dos familiares, das várias aldeias que circundam a ponte, ainda povoadas de fantasmas, mas o que continua bem visível, é o desleixo e o abandono a que estão votados milhares de bens públicos, de Norte a Sul. Como já vem sendo hábito, ninguém aprendeu com a queda da Ponte de Castelo de Paiva.
Enquanto a culpa morrer solteira, os responsáveis vão continuar a fechar os olhos e a furtar-se às suas responsabilidades e o povo continuará a sentir na pele, que a justiça não é para todos...
Eu não sei, de facto, onde este país vai parar.
ResponderEliminarNem sei se este povo anda a dormir. Parece.
Porque tudo isto é baralhar e voltar a dar...
Começando por Entre os Rios, continuando por todas as pontes que na altura foram examinadas e assinaladas como "mais ou menos a precisar de intervenção", passando por tudo o resto e terminando na última deles - as urgências hospitalares, é tudo uma vergonha (para não falar dos casos gritantes de apitos e sacos a decorrerem na Justiça)...
Não sei. Este país já nem me desilude. Cansa-me.
Tem o fim de semana possível...
Um abraço
Também não sei onde o nosso País vai parar Maria.
ResponderEliminarPensamos que não é possível descer mais baixo, mas ele continua a sua caminhada em direcção ao abismo...
É fazer muitas figas - quem for supersticioso - para o azar não nos vir bater à porta.
ResponderEliminarPorque se, ou quando, vier...
Já está visto como é.
Tens razão Sininho.
ResponderEliminarMuitas vezes é mesmo uma questão de sorte ou azar, estarmos ou não à hora certa no sitio errado...
Não sei se será o direito, se a prática do direito, especialmente por advogados engenhosos, Zé do Carmo...
ResponderEliminarEm nome da verdade, não se esqueçam que Jorge Coelho, o mais promissor oilítico do PS, fez araquiri nessa noite e desde então se apapou
ResponderEliminarTalvez não fosse a melhor forma de sair do "palco", Joaquim, mas deve ter sido uma atitude pensada de alguém, que talvez estivesse cansado do "guterrismo"...
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