Apesar de me ter deitado tarde no sábado, não devia faltar ao encontro promovido pelo blogue À Volta das Letras porque, entre outras coisas, iam falar de um dos meus livros...
Quando cheguei à esplanada, aquele grupo de amigos já estava sentado a conversar. Entrei facilmente na conversa, variada e rica, como de costume.
Uma das observações mais pertinentes que fez, foi que se notava bastante o meu gosto por Almada e pelos almadenses.
Isso fez com que lhes explicasse as diferenças que encontrei entre a minha cidade natal, burguesa e conservadora, e Almada, uma cidade de operários e progressista. Comecei por lhes dizer que era de esquerda, pelo que senti logo uma grande identificação com os almadenses, pessoas muito autênticas e reais, ao contrário de uma franja considerável de caldenses, que viviam (e ainda devem viver) quase de uma forma ilusória, num mundo de aparências...
Mais de trinta anos de poder, comunista, socialista ou social democrata, acaba por criar sempre demasiadas zonas obscuras e clientelismos inexplicáveis...
Este gostar de Almada também está ligado às pessoas especiais que tive o privilégio de conhecer e que me abriram as portas da cultura da cidade. Nunca esquecerei Romeu Correia, Henrique Mota ou Fernando Barão...
Foi a Laranjinha quem mais falou sobre o meu livro de contos, para dizer e saber coisas que se escondem quase sempre por detrás das histórias e das personagens.
Uma das observações mais pertinentes que fez, foi que se notava bastante o meu gosto por Almada e pelos almadenses.
Isso fez com que lhes explicasse as diferenças que encontrei entre a minha cidade natal, burguesa e conservadora, e Almada, uma cidade de operários e progressista. Comecei por lhes dizer que era de esquerda, pelo que senti logo uma grande identificação com os almadenses, pessoas muito autênticas e reais, ao contrário de uma franja considerável de caldenses, que viviam (e ainda devem viver) quase de uma forma ilusória, num mundo de aparências...
Claro que também lhes expliquei que nem tudo são rosas em Almada e que o poder é uma coisa tramada, mesmo quando se afirma solidário, justo e amigo do ambiente.
Mais de trinta anos de poder, comunista, socialista ou social democrata, acaba por criar sempre demasiadas zonas obscuras e clientelismos inexplicáveis...
Este gostar de Almada também está ligado às pessoas especiais que tive o privilégio de conhecer e que me abriram as portas da cultura da cidade. Nunca esquecerei Romeu Correia, Henrique Mota ou Fernando Barão...
Também gosto de Almada. Conheci pessoalmente Romeu Correia e adorei conhecê-lo. Esses encontros à volta dos livros (dos teus?) deve ser interessante.
ResponderEliminarUm abraço Luís
Sobre Almada não posso dizer muito, mas sobre outros factos que apontas neste post posso, primeiro sobre uma pessoa que referes e que também tive o prazer de conhecer, Romeu Correia,um Homem muito interessante, depois, depois...o teu livro, este que foi um dos meus companheiros de férias no ano passado e tanto prazer me deu a sua leitura.
ResponderEliminarBeijos, Luís M.
Não conheço esse teu livro, mas fiquei com curiosidade...
ResponderEliminarEsses encontros parecem-me bastante interessantes. Boa proposta. Não me importava de participar, sabendo antecipadamente, claro.
Bjs
Olá passei por aqui e agradou-me este belo espaço.
ResponderEliminarO porquê deste agrado é porque gosto muito de ler,escrever tudo o que esteja relacionado á cultura.
E para além disso também gosto muito de fazer poesia, tanto que gosto que tenho um blog de poesia.
Beijos Cristina Bernardo
Quarteira-Algarve
Pois, o poder é uma coisa tramada.
ResponderEliminarConheci nesta cidade, pessoas no antigamente muito interessantes. A fervilhar de ideias, que depois se tornaram conservadoras e "chatas" com o referido poder entretanto conquistado.
Almada é hoje uma cidade aborrecida, tristonha, isto apesar do seu "ar" festivo. "Ar" festivo mas controlado pelo tal poder.
Quem não se lembra do carnaval na Capitão Leitão e dos bailes da Academia e da Incrível e de outras festas populares.Das sessões de cinema naquelas colectividades, onde aprendi a apreciar a 7ª. arte.
Das sessões de boa disposição no café "Calhandra" da malta do "Central" e do "Dragão Vermelho". A malta dos tempos do secundário do Frei e da Emídio. E não eram tempos de menor empenho político e de falta de consciência política. Não esquecer que havia Estado Novo. Depois...depois chegaram as divisões e o estado de progresso que hoje se vive. E aí temos o "metro" de superfície para alegrar as hostes para ficarem na história.
De qualquer maneira, é excelente essas conversas, mesmo que o autor não seja pontual.
Luís,
ResponderEliminarobrigada pela referência. Mais uma vez foi um prazer conversar à volta dos livros com o autor presente. ;)
Até ao próximo encontro.
Beijinhos,
este encontro promovido pelo blogue "À Volta das Letras" é sobre um livro e um autor, normalmente por mês, Graça...
ResponderEliminara minha escolha foi apenas uma amabilidade destes amigos.
Romeu Correia era especial, M. Maria Maio, assim como Henrique Mota...
ResponderEliminaro Fernando Barão ainda é...
nota: obrigado pela publicidade positiva ao livro...
são sim senhor, Paula.
ResponderEliminarbasta passares pelo blogue e ficas informada...
continua em frente, Cristina, a fazer a tua poesia e a passear pelas "ruas" da cultura.
ResponderEliminartudo mudou na nossa Almada, Carlos, e para pior...
ResponderEliminareu é que agradeço, Laranjinha...
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