terça-feira, maio 20, 2025

A anormalidade destes tempos, que tentam ser a nova normalidade (com a cumplicidade das redes sociais e da própria televisão)


O ser humano é desconcertante. Sempre foi.

E não é um problema apenas deste canto da Europa, por muito que insistam nas patranhas do "filho que bateu na mãe" ou na tese romana "do povo que não se governa nem se deixa governar".

Como de costume as "modas" chegam sempre depois a Portugal. Neste caso ainda bem. A extrema-direita já influenciava a governação de países como a Holanda, Itália, França, Alemanha e até Espanha, e ainda se olhava para Ventura como uma espécie de "palhaço de serviço", mas que não perdia uma oportunidade de aparecer nas televisões e redes sociais...

E se as pessoas com dois dedos de testa já perceberam há algum tempo, que o mundo está de pernas para o ar (antes de as pessoas votarem "contra elas próprias" por cá, já Trump tinha sido eleito nos EUA - esta foi a segunda vez... - e Bolsonaro no Brasil), as outras, que só consomem as notícias que lhes são oferecidas pelas redes sociais, bem "mastigadas" e com objectivos claros, dançam ao sabor dos "populismos".

Tenho poucas dúvidas que vamos sempre pelo mais fácil, é por isso que cada vez pensamos menos pela nossa cabeça, sem nos apercebermos, somos "meras "marionetes". 

Isso também explica, por exemplo, que exista uma dualidade tão grande na forma como se olha para o que se passa em Gaza e na Ucrânia. É bem pior o que se passa em Gaza que na Ucrânia, mesmo assim Bibi é tratado com mais benevolência que Putin, pelo menos no Ocidente.

Voltando ao nosso país, num tempo normal, Montenegro nem sequer tinha sido candidato a primeiro-ministro. Tinha sido o seu próprio partido que o tinha substituído. Num tempo normal o Chega teria meia-dúzia de deputados, no máximo...

Mas que não existam quaisquer dúvidas, de que somos nós, os grandes culpados, pela anormalidade destes tempos que se vivem...

(Fotografia de Luís Eme - Almada)


2 comentários:

  1. A nova normalidade é a anormalidade que nos deixa estupefactos.
    Como é que chegámos aqui?
    Parece que demos como adquirida a Liberdade, a Democracia, a Tolerância e dormimos sem ver os sinais de alarme.

    Abraço

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    1. Chegámos aqui porque os políticos brincam com as pessoas, Rosa.

      Gostam de prometer o que não podem cumprir...

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