Não escrevi nada ontem, mas pensei no exemplo de um homem especial, como foi Stephen Hawking, que viveu praticamente os últimos cinquenta anos de vida, confinado a uma cadeira de rodas, e cada vez mais limitado de movimentos (a doença degenerativa de que padecia afecta sobretudo os músculos...), inclusive da expressão vocal.
Foi isso que fez com que usasse mais o cérebro que todos nós, tal como a "sentença de morte" ditada pela medicina (no começo da sua idade adulta davam-lhe no máximo mais cinco anos de vida...). O facto de ser uma pessoa optimista e com sentido de humor (todos os que o conheceram revelam esta sua faceta...) também deve ter ajudado, e muito...
Quando ele disse, «tentei fazer bom uso do meu tempo», ofereceu-nos um dos melhores conselhos, que alguém poderia dar. Porque cada vez temos mais dificuldades em seguir este bom princípio...
Escolhi este título, porque tenho vários amigos que já passaram - ou estão a passar a "barreira" dos oitenta -, e sinto que à medida que o tempo vai passando, mais eles se agarram à vida. Tentam deitar as múltiplas mazelas para trás das costas e aproveitar as coisas boas que a vida ainda lhes consegue oferecer...
Foi por eles e pelo Stephen, que escolhi o título, "Este Mistério que é Viver"...
(Fotografia de Luís Eme)
Luís, estes exemplos também me fazem lembrar o outro lado, aqueles que padecendo de doenças idênticas não têm as mesmas hipóteses de tratamento e de acompanhamento. A resiliência 'só' não chega.
ResponderEliminarUma das pessoas de que me lembrei foi do Zeca Afonso.
A relatividade, num sentido um pouco diferente da teoria de Einstein, que fez anos ontem, leva-me a uma interpretação desapaixonada e a que não tenha heróis.
Claro, Isabel.
EliminarMas continuo a pensar que é preciso gostar muito de viver, para aceitar alguns dramas, neste caso físicos...