segunda-feira, dezembro 01, 2008

Olhares Sobre o Tejo...

No começo da década de noventa do século passado conheci Júlio Verne (dos Santos). Não era um pseudónimo, era mesmo nome. Este registo "literário" não foi caso único, em Almada também viveu Emílio Zola (Rebelo), marido da minha amiga Idalina, que desapareceu recentemente.

Este hábito singular era normal no seio dos anarquistas, que gostavam de perpetuar o nome de algumas figuras universais que admiravam, através dos próprios filhos.
Voltando a Júlio Verne, uma das pessoas mais cultas que conheci, ele tinha uma particularidade única. Nunca saiu de Lisboa, nem tão pouco atravessou o rio, para ir almoçar uma caldeirada a Cacilhas, ou apanhar o comboio e ir até à praia a Cascais.
Nunca passeava rente ao Tejo, desculpava-se que a água do rio, lhe provocava tonturas.
Mas curiosamente gostava de espreitar o rio, no alto de qualquer colina de Lisboa, fosse Alfama, Bairro Alto, Mouraria ou Madragoa...

18 comentários:

  1. às primeiras palavras quase julguei que já éramos figuras históricas :)...mas é verdade Luís, já atravessámos século, milénio...

    ora aí está.
    nem sempre é preciso ser-se muito " viajado " para se ter conhecimento do mundo.

    beijos

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  2. Saber olhar, gostar de olhar o Tejo é amar Lisboa, digo eu...

    beijos, Luís M.

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  3. que interessante. gostava de conhecê-lo.

    um abraço
    jorge

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  4. gente com alma dentro da alma.



    -




    beijo Luis.

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  5. olà luis, vamos marcar uma caldeirada para a proxima vez que eu vier a Lisboa?
    E enxugamso uma rede juntos!
    ( beber um copo)...
    gostei muito, adoro este tipo de pessoas.Pois, eu sei que vinhas ao nosso espectaculo se cà estivesses...
    bjso com muito frio...
    LM

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  6. Nomes extraordinários...
    É só o que consigo dizer.

    Abraço

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  7. E há quem chame excêntricos a estas pessoas de convicções fortes e senhores da sua cabeça.
    Admiro-os porque resistem às marés.
    Ele não via o Tejo? Claro que via, mas à maneira dele!

    Um abraço

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  8. pois não, Maré.

    os livros são mais ricos que muitas viagens...

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  9. mas uma parte significativa de Lisboa, vive de costas para o rio, M. Maria Maio...

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  10. o Júlio faleceu em 1999, Jorge...

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  11. excelente definição a tua, Isabel...

    era o tempo em que os cafés eram Escolas Superiores de Cultura...

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  12. é verdade, Ana.

    houve uma altura que fazia-me confusão o "registo" aceitar estes nomes, mas depois dizeram-me que eles só se preocupavam com os nomes próprios, que tinham de ser os da lista...

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  13. os verdadeiros anarquistas são pessoas extraordinárias.

    são pessoas extremamente livres, Meg.

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  14. Do alto da colina via-se melhor. Há pessoas interessantes mesmo.
    Um abraço.

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  15. sim, Graça, vê-se mais longe...

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  16. já que aqui estou, deixo-te um beijo.

    tu entendeste...

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