A primeira vez que ouvi falar em reciclagem de comida, foi numa reportagem televisiva emitida na última semana.
A história diz-nos que é sempre possível descer mais um degrau, naquilo que chamamos dignidade humana.
E não é apenas um episódio da Ásia, América Latina ou África.
Nós por cá também temos muitos "centros de reciclagem" de comida, nos contentores próximos de restaurantes, lojas e supermercados. Assim que a noite cai, é vê-los à espera dos caixotes imundos. Até regateiam e empurram, por um bocado de comida, que já esteve no prato de alguém...
O pior é que os frequentadores dos restaurantes comem quase tudo e deixam quase nada, para esta gente da rua, cada vez com menos eiras e beiras...
Só não sabia é que os restos também eram um negócio, que já se vendia comida reciclada...
A fotografia é de Robert Doisneau, datada de 1967, onde se podem ser três mulheres a apanharam os restos do Mercado de Halles...
gosto sempre de ler os posts em que nos remetes ao passado, mesmo eu não tendo feito parte dele. um grande beijinho. reciclado :)*
ResponderEliminarVeremos se não vamos descer mais um degrau, e outro...
ResponderEliminarBeijos, Luís M.
E é esse fosso que faz doer a alma a quem ainda tem consciência.
ResponderEliminarInfelizmente nesta sociedade consumista consciência é coisa que não se vende com etiqueta de marca. Se fosse muita coisa mudaria.
Beijo
Eva
Dolorosamente infeliz esta realidade.
ResponderEliminarMas estes episódios da comida reciclada, são do nosso tempo, Alice...
ResponderEliminarparece que sim, que vamos continuar a descer, ainda mais para baixo, M. Maria Maio...
ResponderEliminaré verdade, Eva...
ResponderEliminarDolorosamente, Velas...
ResponderEliminarbonjour luis eme,
ResponderEliminardaqui da cidade luz, para o marejar do tejo, o que cisma ao vê-lo, de tao brilhante na hora do anjo,e dos cabelos prateados. so revejo, na memoria, o sena tem outros encantos.
os supermecados aqui,segundo a lei, obrigam a deitar lixivia nos grandes sacos de plastico, onde se deitam alimentos fora de prazo.
Assim, os que sobrevivem na rua, se tentam recuperar algo, nao podem
" reciclar" nada. Resposta do empregado filmado em flagrante delitro de lixivia:
" C'est la loi"...se alguém comesse algo que o fizesse adoecer, podia-nos atacar em tribunal!
é melhor morrerem de subito;
até jà discuto se uma mulher, homem ou criança pode ou nao ter direito a comer alimentos fora do prazo!
este mundo, passo-me!
mas achei aquilo VIOLENTO, tudo, a ideia, a lei...porque deixam chegar fora do prazo,,,
Estejam atentos, hà sempre margem para recuperar algo!
nao. temos que continuar a dizer nao-nao! " je préfère non-pas "
abraço de Paris, jà dançei em Almada algumas vezes!
LM
este mundo está a ficar demasiado egoista e regrado, e claro desumanizado...
ResponderEliminarsó no natal é que os ricos se lembram que existem pobrezinhos, até costumam levar um para casa...
repugna-me tanta hipocrisia, LM.
gostei de te ver por cá... acredito que sabes dançar sem ondas só com o barulho do tejo...
DE LM para LE,
ResponderEliminardo Sena para O Tejo...allô?
Sim,dançar sem ondas , no escuro, na luz, na ponta dos pés, com medo, com frio, com amor, com emoçao, comigo, sem migo, sem dinheiro,
sem meios, riquissima...mas quando
ai estiver, pego o cacilheiro que tem historias de ida-e-volta sem parar, e do outro lado do rio, dançarei so com o barulho do tejo...chiche?
BjsLM
PS: e a luta dos esfomeados continua.
Lê o que puderes sobre a mafia da farinha vendida pelo estado aos padeiros,no Egipto e o mercado negro que isso provoca
neste momento!
Delirante!
delirante a tua resposta, LM...
ResponderEliminarHá vários anos uma das minhas irmãs viu um documentário francês - penso que se chamava Os Respigadores, ou algo assim - por isso já tinha uma ideia.
ResponderEliminarEu fico chocado com estes posts. Um senhor dito jornalista e escritor a dizer coisas como descer degraus da dignidade humana ao falar de reciclar comida... sinceramente. Os comentários ao post também deixam bastante a desejar. Fez-me sentir como se fossem verdadeiros cidadãos com uma "pena" genuína por quem lá vasculha e "garreia por sobras de pratos alheios"... Foi para rir?
ResponderEliminarHá muita gente que se entretém com pseudo cultura e altas masturbações mentais. Logo a seguir baseiam as suas visões da realidade no que vêm na tv.
Convido os interessados a ver o meu post sobre reciclar comida.
Falam aqui acima do doc Os Respigadores, o título original é Les Glaneurs et la Glaneuse, da Agnès Varda... está bom, mas não convence. Em breve sai o Bin Appetite (Australiano) deve ser mais interessante.
Cumprimentos