domingo, dezembro 15, 2013

«Escrevia muito pouco e não eram poemas.»


Perguntaram-me o que é que escrevia na infância e adolescência. Quase que tive vergonha de dizer que escrevia muito pouco. 

Ao olhar para trás penso que andava sempre de um lado para o outro, passava muito tempo na rua e não tinha muitos tempos mortos para pensar na "vidinha" (nem era tempo disso). O facto de ter um irmão mais velho que eu dois anos, fez com que crescesse mais depressa e fosse também amigo dos amigos dele.

Fazia muito desporto, das correrias às futeboladas.

Da escrita, lembro-me apenas dos professores elogiarem a minha criatividade e a facilidade de escrever histórias com princípio meio e fim (não imaginava que isso fosse uma coisa difícil, pensava que qualquer um conseguia e podia escrever histórias. Acho que só percebi que não era bem assim, quando no décimo ano fui o único aluno capaz de construir uma história, com o tal principio, meio e fim, a partir de um tema qualquer dado pela professora...). 

Poemas? Não. A poesia não fazia parte das minhas necessidades nem das amizades. 

Nem conhecia muitos poetas. Só conheci Pessoa no fim da adolescência. Sim, gostei logo do Alberto Caeiro...

O óleo é de Timothy Norman.

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