terça-feira, abril 15, 2025

As coisas são o que são (e não mudam por decreto)


Se antes de ouvir aquela conversa, já pensava que quem sonha acordado, não é mais feliz que as outras pessoas, mesmo tendo a capacidade de viajar sem sair do mesmo sitio. Depois, ficou tudo na mesma, como a "lesma"... 

A única coisa que sobrou, foi a percepção de que esta gente que nos rodeia, tem cada vez mais dificuldade em aceitar que somos todos iguais e todos diferentes.

Estavam a falar de mim (e de mais duas ou três pessoas presentes...), usando o desdém e humor em simultâneo. Era quase como se fizéssemos parte de anedotas como os alentejanos, mas em pior... 

Curiosamente não falaram desse hábito que temos em falarmos com os nossos botões, cada vez mais alto, nas ruas. Talvez por isso ter passado a ser uma coisa normal, graças aos smartfones...

Não disse nada, porque a conversa não era directamente comigo, era mais com uma certa poeta, a Margarida. Ela esteve muito bem, ofereceu-lhes carradas de ironia e também algum humor, o que ainda os deixou mais insatisfeitos.

Fiquei mais uma vez a pensar na incapacidade que temos de perceber o outro, por ser e querer coisas diferentes da vida (normalmente isto começa em casa...).

E sim, a Margarida disse muito bem, que a vantagem de conseguirmos viajar sozinhos, sem precisarmos de apanhar um avião ou uma barca, não nos retira a vontade de conhecer o mundo real...

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)


2 comentários:

  1. Á medida que o tempo passa mais fácil é aceitar o outro, por muito diferente que seja.
    Falo por mim.
    Mas quem anda no Facebook, encontra sempre gente que se julga dona de toda a verdade e saber.
    Não é o teu caso, porque não usas.
    Comentar naquelas notícias generalistas é um perigo! :))

    Abraço

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    Respostas
    1. Devia ser assim, Rosa.

      Mas parece que não, os humanos estão cada vez mais parvos...

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